segunda-feira, 24 de junho de 2013

o mar e o momento

Você sabia que a peça/filme "Quem tem medo de Virginia Woolf" não foi escrito pela VW?


Agora um dos meu trechos favoritos do livro " Rumo ao Farol" (To The Lighthouse) de 1927.
Nessa estação do ano, os que desceram até a praia para caminhar por ela a grandes passadas e perguntar ao mar e aos céus que mensagem eles transmitiam ou que visão eles confirmavam tiveram de considerar, entre os símbolos usuais da bondade divina - o pôr-do-sol sobre o mar, a palidez da aurora, o nascer da lua, os barcos de pesca contra o luar, as crianças atirando-se nos montes de grama -, alguma coisa totalmente em desarmonia com essa alegria, essa serenidade. .... Seria difícil omitir essa intromissão, anular sua importância na paisagem, e durante esse passeio à beira do mar, continuar se extasiando como fato de a beleza externa refletir a beleza interior.
Será que a Natureza completa aquilo que o homem produz? Termina o que ele começa? Com a mesma complacência via sua miséria e perdoava sua baixeza aceitando sua torturas. Sonho de compartilhar, de completar, de encontrar sozinho, na praia, uma reposta, ...? (página 144)